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PowerTrail


p@Che

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Depois das caches nas Areas de Serviço, das Lusitanis, chega agora outras sequelas, os PowerTrails. Com o visível crescimento deste tipo de criações, umas com maior interesse e qualidade que outras, gostava de ver aqui diferentes opiniões de malta que já tenha feito, ou que tenho uma opinião sobre as mesmas mesmo que ainda não se tenha colocado ao caminho.

 

A minha experiencia baseia-se na da ecovia do Lima, feita no último fim de semana. Trata-se de um conjunto de 23 caches ao longo de um percurso de cerca de 20kms. Algumas delas estão bem longe do que tradicionalmente se chama drive-in e os containers variam entre small e regular, sendo que mesmo já em ambiente urbano foi escondido uma regular espectacular, não pelo esconderijo, mas pelo container!

 

Se para uns isto pode ser considerado um ataque aos números, um fazer por fazer, a verdade é que neste tipo de percurso podemos sempre fazer algo diferente. No nosso caso decidimos alugar uma bike e lá fizemos 40kms ida e volta. Foram 7 horas bem passadas pois a companhia também ajudou, e a procura das caches servia sempre de desculpa também para retemperar forças. Naturalmente não foram 23 caches WOW, mas não houve nenhuma má e até consigo apontar meia dúzia de boa qualidade.

 

Mas será que a massificação deste tipo de trilhos beneficia o GC? Não será que fazer um percurso de meia dúzia de kms, com micros escondidas por trás de postes ou rails, é mesmo um ataque numérico, mais do que prazer de jogar? Afinal de contas uma multi de 28kms pode também ter um prazer enorme... :)

 

Vá, escrevam para aqui as vossas opiniões.

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Em tempos tive uma ideia para uma coisa deste género mas mais ao estilo alentejano, algo para carro mesmo.

 

Depois de consultar (ler) as diferentes opiniões conclui que iria ter mais meia dúzia de dores de cabeça e desisti da ideia.

 

Porque não, é mais cativante 23 caches que uma multi!

Queiramos ou não, os números mandam e muito.

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Em tempos tive uma ideia para uma coisa deste género mas mais ao estilo alentejano, algo para carro mesmo.

 

Depois de consultar (ler) as diferentes opiniões conclui que iria ter mais meia dúzia de dores de cabeça e desisti da ideia.

 

Porque não, é mais cativante 23 caches que uma multi!

Queiramos ou não, os números mandam e muito.

 

Sim concordo... Fascina-me mais fazer esse powertrail (que fiz há pouco mais de 1 semana), do que fazer os mesmos kms para contar gaitinhas ao longo de uma multi enorme. Não é apenas um ataque numérico, mas também... É claro que se a isso se aliar um belo passeio e um belo grupo... Não são os números que importam!

 

Já fiz 3 powertrails até hoje, e foram todos diferentes e divertidos!

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Realmente, parece ser uma nova moda, por cá.

 

Não posso dizer que não goste deles. Certo que, por vezes, as caches em série pouco ou nada trazem de novo. A lembrança das mesmas é mais efémera que uma multi daquelas mais exigentes, interessante. Por esta ordem de ideias, um powertrail banal traz o mesmo grau de satisfação que uma multi fraca, sem interesse.

 

Nós acabamos por ir a todas... Ou melhor, tenta-se. :)

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Penso que no final, o prazer que temos em ambos os casos é semelhante. O percurso realizado é exactamente o mesmo, embora num powertrail haja o aliciante de procurar mais uns caixotinhos, que no final é aquilo que move os Geocachers.

 

Não sou hipócrita ao ponto de negar que não ligo aos números, e isso joga a favor dos powertrails, mas senti um certo romantismo ao palmilhar os 28 kilómetros da Linha do Douro para logar uma única cache. Se pelo caminho houvesse 50 caches, o passeio teria sido feito exactamente da mesma forma, teria vindo com a conta mais gorda, mas teria perdido o encanto de ter encontrado aquela cache mítica que me fez percorrer aquela distância.

 

Penso que algumas caches míticas deveriam ser preservadas desta "praga" dos powertrails.

 

Havendo 50 caches no percurso do Cântaro Gordo ou do Tou Às Aranhas, desvanece-se aquela magia da cache mítica.

 

Mas isto é apenas a minha opinião, e a sua sustenação é tão ténue que se alguém fizer um powertrail a caminho dessas caches míticas, não deixaremos de procurar todas as que se atravessem no nosso caminho.

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Como em tudo, mas absolutamente tudo, primeiro tem piada, depois, ao banalizar-se, perde todo o gosto e pode até tornar-se numa praga. Neste momento existem 6 ou 7 em Portugal, ou algo assim. Por mim está no ponto. É verdade que são mais uns números potencialmente fáceis adicionados à contabilidade pessoal, para aqueles que como eu ligam a essas coisas. Mas começo a sentir que esses números, de tão fáceis, começam a saber mal. A partir deste momento, mais ou menos.

 

Eu fiz aquela na zona da Vila do Bispo. Muito boa. Excelente experiência. Paisagens algo diferentes, curta, não exagerada no número de caches (6, creio).

 

Fiz também a Margem Sul. Foi divertido, mas fazendo-se de carro aquela porradona de caches em 30 min... acho facilitismo em excesso.

 

Fiz também a de Milfontes. Algo monótono. Quer dizer, o passeio é bom, mas cada cache parece igual à anterior, a paisagem é a mesma, pouco ou nada muda. A seu favor: as caches são de dificuldade certa para o que se anda a fazer.

 

Comecei a fazer aquela que se extende entre a Lagoa e a Fonte da Telha. Paisagem excelente, bela experiência, sobretudo para mim, que comecei do lado oposto da lagoa. Mas a colocação dos containers é tão má que ao fim de 4 ou 4 desisti de procurar os restantes e passei por eles sem lhes dar atenção. De facto passar 20 ou 30 min a meter a mão em arbustos, multiplicado por 16 ou lá o que é... hum.... Ok... 15 mim à procura de cada uma, dá 4 horas a meter as mãos em arbustos... acho que arruina completamente a experiência. Admito que possam existir fetichistas que sintam um enorme prazer em se picar, em andar de rabo para o ar a remexer em caruma, a mandar caroladas nos ramos duros de pequenos pinheiros e outras árvores, mas, convenhamos, a esmagadora maioria das pessoas preferirá gastar 4 horas da sua vida a ver mais paisagem, a caminhar um pouco mais, a usufruir dos cheiros, das vistas, dos sons da natureza.... um power trail tem de ter caches simples de encontrar.

 

A do Lima, planeio-a para Julho e tenho elevadas expectativas. A mini power trail a Sul da Ericeira, talvez em Agosto. A das Caldas da Rainha não está nos planos.

 

E como disse, na minha opinião chega de Power Trails.

Edited by Torgut
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Portugal (ilhas incluídas) apesar dum país muito pequeno, no que respeita ao Geocaching, tem muito para dar.

 

Qualquer coisa de novo é sempre muito bem-vinda apesar de ser de esperar que umas terão mais impacto que outras.

 

Estou-me a recordar por exemplo duma experiência que tive a alguns meses atrás no Gerês.

 

(aí vem porrrada :D )

 

Eu queria fazer uma cache da série "Milha..." e tentei convencer a minha cara-metade a acompanhar-me em tal façanha. Não consegui convence-la;

Argumentos como "e será que vale a pena, e se no final nem encontramos a cache, e se nos enganarmos em alguma coisa ficamos com um sabor amargo..."

 

Sobrepuseram-se ao "mas o passeio pode ser engraçado"

 

Nas power trail existe a possibilidade do passeio também não ser agradável (sobre o ponto de vista de uns, agradável para outros), mas se não for, pelo menos levamos mais uns pontinhos para a contabilidade.

Como diz o outro: Eu nem aceito nem rejeito, antes pelo contrário! :):D

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Não sei de quem foi a ideia de começar essas coisas em Portugal, malandros, mas não vejo mal em se colocar um ou outro. Mas tudo com peso e medida.

É evidente que se iria estragar o Cantaro Gordo, se colocassem caches de 200 em 200 metros até lá chegar. Mas o que é certo é que muitos mais geocachers lá iriam, se o objectivo é dar a conhecer um bom percurso e tal... mas é evidente que nem de perto nem de longe é uma boa solução.

Este fim de semana fiz o Powertrail (que não está indicado como tal) na estrada que liga Caldas da Rainha à Foz do Arelho, e amigos... vale pela diversão e pelos números... só.

Bom bom, é o de Milfiontes!

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Bom bom, é o de Milfiontes!

 

Milfiontes? isso é em Espanha?

 

Posso falar dos dois que já fiz (e onde tenho incluídas caches).

O de Milfontes (com certeza terá servido de inspiração ao tal espanhol de que fala o vsergios) fiz duas vezes. Na 1ª sozinho com o btrodrigues e foi uma maravilha. Arrancámos cedo, um passeio fantástico à beira mar, brisa suave, caches novas escondidas, outras recolocadas, etc.

 

Na 2ª fiz juntamente com umas 70 pessoas. Nem sei o que me passou pela cabeça para organizar aquilo mas valeu pelo convívio e por conhecer pessoas que não conhecia. O grupo acabou por se estender muito e quanto a caches compreendo que tenha sido frustrante para algumas pessoas. Mas isso teve a ver com o nº de participantes e não com o powertrail em si, que atraiu toda aquela gente sedenta de caches e caminhadas.

Mas o powertrail em si gostei muito de o fazer e repeti-lo-ei com certeza.

 

O da Fonte da Telha até à Lagoa participei na caminhada em que se esconderam as caches e também gostei muito de participar. Mais longo que o de Milfontes e com uma paisagem mais diversificada, bem como as caches acaba por encher mais o olho (também tem mais caches) mas para mim o que vale é o rebentar com as pernas, e ambos o fazem e de que maneira.

 

Dos outros não posso falar porque não os conheço mas não me preocupa muito que vão aparecendo por aí. Toda a gente tem direito ao seu desde que cumpram as normas e avisem o pessoal do que nos espera. Depois, vai quem gostar e se dispuser a fazê-lo. Quanto mais oferta houver mais possibilidades há de se preencher os requisitos de maior número de pessoas.

 

Também concordo que há caches míticas e que tê-las na lista de Founds conferirá tão ou mais reconhecimento do que qualquer powertrail. Cada coisa vale por si.

 

E ainda não sabem vocês dos planos que temos para unir Caparica a Sagres via powertrail...

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Já fizemos alguns powertrails... mesmo que não tenham sido baptizados com esse nome.

 

Para nós, faz sentido se forem caches para serem exclusivamente feitas recorrendo à força motriz do próprio corpo... a pé ou de bicicleta.

 

Gostámos bastante das caches colocadas pelos Pirata na Carregueira e no Magoito, que não sendo powertrails no nome, são-no de facto no terreno... e em ambas descobrimos paisagens e pormenores fascinantes... daqueles que só por si, já valiam a pena ter lá ido.

As caches são cuidadas e vê-se que não foi um simples atirar com o container para a moita.

 

Em contrapartida, o powertrail da Lagoa da Albufeira valendo pela paisagem, deixou-nos muito a desejar pelas caches e/ou esconderijos... havendo excepções, obviamente.

 

Em suma... para caminhar e respirar o nosso (ainda) bom ar, venham mais!

 

Daquelas que se fazem no bem bom do pópó (tracção às 2 ou às 4 rodas)... antes sejam multis.

Edited by ruidealmeida
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Opá, não cheguei a dizer porque é que o powertrail das Caldas não é muito bom:

 

10 caches micros, sem lápis (que coloquei em todas elas), iguaizinhas.

Colocadas exactamente todas da mesma maneira.

Ao longo de uma estrada nacional onde passam carros a 100Kms/h.

Não é lá muito seguro nem agradável para quem queira fazer com as crianças, como lá diz que é aconselhado.

 

Mas se calhar era porque estava a chuviscar de vez em quando.

Só é portanto agradável de se fazer de bicicleta, creio.

 

Já fiz o da Quinta do Conde, que beneficia de cada cache ser diferente da outra, e dá um certo gozo procurar por elas. E para além disso, faz-se bem de carro... apesar de já me terem batido o record de velocidade!

 

Agora o dos Piratas PlayMobil na costa de Sintra, no Magoito, está muito interessante também. É um passeio delicioso ao longo da linda costa.

 

O da Costa da Ericeira está espectacular, com caches interessantes e locais fantásticos.

 

Portantos, meus amigos, há que saber fazê-los... mas não se esforcem muito, não massifiquem a coisa. Tudo quanto é demais tem demasia.

 

Mas de resto, o de Milifontes é que é bom... se bem que a última cache é manhosa...

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Bem... eu sou suspeito...

 

Eu e o Homemdomacaco quando colocámos o powertrail do sul tinhamos como ideia que as pessoas fossem de bike pois é aqule trilho que habitualente utilizo para andar de bicicleta com a papaleguina. E damos essa sugestão na página.

 

É claro que se o pessoal faz de carro, avião, barco, a pé ou de outra forma qualquer não temos nada com isso, mas o conceito de POWER deixa de existir e passa a ser TRAIL. Mas fazem as caches e isso é que inteeressa :) Penso que retiram outras formas de satisfação: ( quem faz mais rápido, com quem se faz, numero de caches, etc)

 

As caches que estou a preparar (cache overdose) é uma espécie de trail de caches, mas cada uma é diferente e tem um motivo de existir. Não dava para ser multi... Mas nessa corrijo todos os erros de todas as minhas caches anteriores baseado em conselhos e sugestões que me têm dado... mas são 17 caches seguidas (eram 23 mas tivémos um problema com uma parte do troço). Nenhuma configura algo que já se conheça como powertrail. Agora o interesse dessas cache mais uma vez virá colocar a questão se havia necessidade de colocar lá tantas... é discutivel.

 

Eu ainda não fui ao powertrail da falésia à lagoa por isso sou suspeito, mas independentemente da forma como os containers possam estar concebidos, ali a paisagem será o grande cartão de visita e obriga as pessoas a seguir aquele trilho.

 

E acho que vale a pena caminhar num caminho deste tipo. Temos as duas vertentes: o geocaching e um pouco de desporto.

 

Reparem. Nós somos um rectângulo tão pequeno que a saturação de caches será no futuro uma realidade, ppor isso é que existe a fronteira com espanha para podermos expandir (epá isto parece-me algo que se passou à 500 anos atrás) ...

 

(não se esqueçam que ainda dá para colocar no mar... em boias :D

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As caches que estou a preparar (cache overdose) é uma espécie de trail de caches, mas cada uma é diferente e tem um motivo de existir. Não dava para ser multi... Mas nessa corrijo todos os erros de todas as minhas caches anteriores baseado em conselhos e sugestões que me têm dado... mas são 17 caches seguidas (eram 23 mas tivémos um problema com uma parte do troço). Nenhuma configura algo que já se conheça como powertrail. Agora o interesse dessas cache mais uma vez virá colocar a questão se havia necessidade de colocar lá tantas... é discutivel.

 

Reparem. Nós somos um rectângulo tão pequeno que a saturação de caches será no futuro uma realidade, ppor isso é que existe a fronteira com espanha para podermos expandir (epá isto parece-me algo que se passou à 500 anos atrás) ...

 

 

Pois, eu já receava que isto não ia ficar por aqui.

 

Errr.... no futuro? Qual no futuro... isso era se estivesses a escrever há dois anos atrás.

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Torgut.

 

A ideia não é bem um trilho com caches seguidas. A overdose não tem a ver com a quantidade de caches colocadas... o termo overdose neste caso tem a ver com tipos :)

 

e ali não é grave... so lá vais mesmo para cachar ou tirar fotos ou fazer um piquenique ou andar de bicicleta ou fazeres o que te der na real gana :D

 

Eduardo

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... Na 1ª sozinho com o btrodrigues e foi uma maravilha...

 

Oh pá, afinal como foi, foste sozinho ou com o BTRodrigues :)

 

Repara que "foi uma maravilha", portanto... deixós lá... não te metas :D

 

Quer dizer, não foi bem sozinho com o BTRodrigues... Também ia o mau feitio dele e a inveja de muita gente pelos vistos... :D

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Eu não ligo muito aos números e prefiro fazer meia dúzia de caches interessantes (de preferência que tenha de caminhar uns kms por trilhos complicados para lá chegar) do que fazer uma centena delas só para os números...

 

Pessoalmente, não me sinto nada atraído por estas powertrails... Para levar o pessoal a fazer determinado percurso não acho que seja preciso "cagar" caches a cada meia duzia de passos... No máximo 3 ou 4 parece-me mais que suficiente (uma no início, outra no fim e eventualmente uma ou outra no meio).

 

As minhas caches preferidas são as que ficam em percursos pedestres em montanha e são as que mais gozo me dão fazer, não só pela caminhada em si, mas pelas belas paisagens que normalmente permitem disfrutar.

 

Tenho em mente colocar algumas caches em alguns PRs nacionais que ainda não tem nenhuma e acho que merecem ter. Vou procurar locais que fiquem a meio dos percursos e que não sejam acessíveis de carro, essencialmente para atrair e premiar (com as belas paisagens) os amantes do montanhismo.

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Não sou hipócrita ao ponto de negar que não ligo aos números, e isso joga a favor dos powertrails, mas senti um certo romantismo ao palmilhar os 28 kilómetros da Linha do Douro para logar uma única cache. Se pelo caminho houvesse 50 caches, o passeio teria sido feito exactamente da mesma forma, teria vindo com a conta mais gorda, mas teria perdido o encanto de ter encontrado aquela cache mítica que me fez percorrer aquela distância.

 

Penso que algumas caches míticas deveriam ser preservadas desta "praga" dos powertrails.

 

Havendo 50 caches no percurso do Cântaro Gordo ou do Tou Às Aranhas, desvanece-se aquela magia da cache mítica.

 

Mas isto é apenas a minha opinião, e a sua sustenação é tão ténue que se alguém fizer um powertrail a caminho dessas caches míticas, não deixaremos de procurar todas as que se atravessem no nosso caminho.

 

Concordo plenamente! Ainda esta semana ouvi falar em powertrails pelo Gerês. E espero bem que essa ideia não se concretize. Seria banalizar o misticismo de algumas caches e o prazer que e tem ao encontrar uma cache desse nível. :D

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Concordo plenamente! Ainda esta semana ouvi falar em powertrails pelo Gerês. E espero bem que essa ideia não se concretize. Seria banalizar o misticismo de algumas caches e o prazer que e tem ao encontrar uma cache desse nível. :P

 

só é pena que elas continuem a aparecer como amoras no final do Verão :D

 

Mantenho a ideia que caches no Geres só a 2-3km a pé posto de outras.

 

Depois da ciclovia entre Famalicão e Vila Conde, depois da rota de S.Bento, continuo a rezar todos os dias (como Ateu que sou) para que se pare com a publicação de mais caches da treta, só porque fica no caminho, só para fazer o número, só porque sim. Festeja-se 5000 caches publicadas... big deal... nem 500 tem qualidade para estar publicadas (e contra mim falo que tenho muito lixo também espalhado mas já estou a tratar disso)

Edited by the_Ateam
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Mantenho a ideia que caches no Geres só a 2-3km a pé posto de outras.

 

Concordo com essa ideia!... No mínimo 2 kms a pé ou então, com barreiras naturais de difícil transposição (tipo Fenda da Calcedónia).

Acho que quando se visitam essas caches, tornamo-nos mais exigentes quanto aos critérios que consideramos fundamentais para avaliar caches.

Alguém tem acompanhado as publicações das caches na Serra da Estrela?

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Há que separar duas situações:

 

Dando o exemplo aqui na zona onde moro:

Não gostaria de ver um powertrail por exemplo a caminho do formosinho...

Mas um powertrail por exemplo onde está o da margem sul (no qual tenho algumas caches) vale pelo powertrail porque caso contrário ninguém iria ali (a não ser o pessoal que ali passa para andar de bicicleta, mota e outros)

 

Uma coisa são as obras de arte do geocaching, outra são aquelas cache emblemáticas que por si só isoladas merecem um tour longo :cool:

 

Eu ainda não fui ao Gerês fazer geocaching, mas não imagino um powertrail no gerês a não ser que fosse numa zona onde nenhuma das outras caches se enquadrasse.

 

Eu ando aqui a congeminar há montes de tempo (a primeira vez que flei nisso foi há cerca de dois anos) uma cache overdose que é uma espécie de trail mas em estrela e não um caminho seguido, mas o local onde está a ser montado só terá como interesse as caches em si e alguma caminhada que daí saia (e alguma paisagem vá).

 

Por vezes há o gozo de fazer muitas e seguir um caminho... outras vezes uma basta para encher as medidas :laughing:

 

Eduardo

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Mas um powertrail por exemplo onde está o da margem sul (no qual tenho algumas caches) vale pelo powertrail porque caso contrário ninguém iria ali (a não ser o pessoal que ali passa para andar de bicicleta, mota e outros)

 

Eu cá tenho a impressão que há aqui uma certa dose de deformação profissional. Compreendo que cativar e motivar alunos seja uma arte que apenas os professores mais vocacionados chegam um dia a dominar. Mas Geocaching não é uma disciplina do ensino secundário. Não creio, convictamente, que seja função de um "owner" convencer alguém a ir ao local onde cria uma cache. É, isso sim, sua função, mostrar, revelar, partilhar locais interessantes que conheça. Depois, se os destinatários encolhem os ombros e pensam "é que é já a seguir... andar 2 km e perder meia-hora para fazer uma cache?!"

 

Amigo, não é nossa [de certa forma pode ser a tua mas para isso és pago] função educar os filhos dos outros. Se é assim que o Zé Wannabe Geocacher pensa, pois deixa-o estar, que vá fazer as caches da Tânia e muito bom proveito. A solução (solução para quê, exactamente?) não é criar 10 caches onde só tem cabimento uma, para que o Zé Wannabe Geocacher olhe uma segunda vez e pense desta feita "olha fixe, assim sim, um gajo anda uma beca, mas em vez de perder meia hora para fazer uma cache, faz logo 8 ou 10".

 

Não caro Papaléguas, o caminho não é por ai. A seguir o que é que vai suceder? Os owners vão começar a instituir prémios em numerário para quem se dignar, por especial favor, fazer as suas caches?

 

Enfim tudo isto não é mais do que uma distorção subsidiária de um problema que apontei desde o primeiro momento: a penalização pelo crescimento desnecessário, descontrolado, selvagem do Geocaching. Eu não sou nenhum santo. Cedo ao pecado da cache. Quando saio de casa em Tour, até porque estou em Tour, deixo para trás caches que serão com certeza interessantissimas, para fazer 3 ou 4 mais simples e rápidas. Mas sei que nisso não há nada de bom. Cedo à tentação, mas se não fossem criadas caches a pontapé em cada esquina, por assim dizer, as coisas seriam melhores... como de resto eram.

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Ó Sr. Torgut :cool:

 

Foste buscar a frase certa... lê lá de novo... percebeste a ironia? :laughing:

 

Aquele local é mais frequentado que algumas ruas de lisboa. Tem a meio uma paisagem interessante para quem queira parar e usufruir dela... o resto são os containers :D

 

Eu há um tempo atrás tive que responder (mal, confesso) a uma pessoa que sai para fazer uma cache minha e depois vem com conversa de m...reclamar que era micro... está lá a dizer ...se não gosta porque a fez?

 

Nos powertrail a conversa é a mesma: Eu aconselho a volta de bicicleta, mas se fores de avião tu é que sabes... agora só á vais porque queres :) Mas sabes ao que vais: Powertrail = montes de caches e provavelmente esse é o único interesse daquilo :)

 

Um reparo: Não coloco pedagogia em toda a minha vida (embora seja dificil). Isso reservo para a escola onde tenho que dar o meu melhor. Na escola posso ter que assoar um puto, chatear o gajo para comer, dar-lhe um grande raspanete... cá fora com os adultos não tenho paciência até porque isso deve-se ao facto de à medida que vamos envelhecendo nossa capacidade de aprendizagem vai diminuindo... alguns nunca a tiveram, logo a evolução de zero é abaixo de zero :)

 

Isto tudo para te dizer que no geral concordo com o que dizes, mas há pessoas que gostam de futebol e outras de ciclismo... ambas gostam de desporto. Não podemos controlar a forma como o geocacing se desenvolve.

 

Cachem tudo o que puderem e queiram :)

 

Eduardo

Edited by papaleguas
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Não vás. Ninguém te obriga.

 

Isso é um chavão muito apreciado, mas que é rapidamente desmontado. Vamos a umas analogias? Podiam ter deixado o Casal Ventoso como estava, ninguém era obrigado a lá ir. Restaurantes com fumo, claro, ai então é limpinho... ninguém é obrigado a lá ir. E por ai em diante... não ser obrigado a ir a um local ou fazer algo, não tem qualquer fundamento para dissuadir a denúncia de situações negativas. Nunca teve, foi preciso começar a haver fóruns de Geocaching para se levar com esta boca volta não volta. Na realidade, ao fim de cada dia, essas pessoas que se saem com esta boca, emitiram umas dezenas ou mesmo centenas de juizos de valor - sobre tudo e mais alguma coisa - que poderiam bem ser aviados com a mesma receita.

 

Mas isto é apenas a primeira fase da desmontagem. A seguir, há o factor tentação. Que levante primeiro o dedo quem não cede a uma tentação de fazer algo que sabe em consciência não ser correcto ou estar contra os seus principios, vá, pelo menos uma vez por mês. Eu faço caches que sei à partida que são uma bosta. E faço power trails. Porque gosto dos números, gosto de um toque de competição, de fazer muitas, de bater recordes. E gosto de tudo isto em paralelo com um Geoocaching mais puro, pausado, apreciado. É como na alimentação... há espaço para uns dias sempre a abrir e outros gota a gota. Mas quando faço um power trail, para ser sincero, as 30 caches que logo ao fim do dia até me dão azia. Foi a ganância do número, até porque com aquele toque competitivo não se podem desperdiçar oportunidades destas... mas seria bem melhor se não existissem, para ninguém. É uma espécie de corrida aos armamentos nucleares, como se verificou nas décadas de 50, 60, 70 do século passado. Só se faz porque estão lá e outros fazem.

 

Em terceiro lugar, há os grandes traços estratégicos. O facto de eu ter a opção de não fazer esta ou aquela cache, este ou aquele power trail, não significa que, em última instância, a multiplicação de caches de treta e de power trails não esteja a matar o Geocaching, e que a médio ou longo prazo, a sua criação me venha a penalizar directamente.

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Eu há um tempo atrás tive que responder (mal, confesso) a uma pessoa que sai para fazer uma cache minha e depois vem com conversa de m...reclamar que era micro... está lá a dizer ...se não gosta porque a fez?

 

Nos powertrail a conversa é a mesma: Eu aconselho a volta de bicicleta, mas se fores de avião tu é que sabes... agora só á vais porque queres :D Mas sabes ao que vais: Powertrail = montes de caches e provavelmente esse é o único interesse daquilo :P

 

Isto tudo para te dizer que no geral concordo com o que dizes, mas há pessoas que gostam de futebol e outras de ciclismo... ambas gostam de desporto. Não podemos controlar a forma como o geocacing se desenvolve.

 

 

O meu post anterior é também para ti, no seu segmento intermédio: tentação, é a resposta às tuas mais intricadas questões.

 

Quanto ao Ciclismo e Futebol, não é uma analogia muito adequada. Debate-se aqui o que está errado no seio do Geocaching, e não se o Geocaching é melhor que o Waymarking. Da mesma forma como haverá muito a debater sobre os podres do futebol e do ciclismo, e a conclusão final não será mandar os seus practicantes pensar em mudar para outro desporto ou nem practicar de todo.

 

Não podemos controlar, até certo ponto. Quando chegas a alguma comunidade tendes a seguir as prácticas comuns. Enquadrar novos practicantes, promover o debate e deixar claro porquê é que o que está mal é considerado estar mal permite um certo controle. De resto, podes controlar ainda menos de tantas e tantas coisas que diariamente criticas e condenas. Mas não o deixas de fazer por isso? Sabes o que estou a pensar? Que essa linha lógica implica em última instância um ataque à democracia, no seu sentido político. Para quê ter o direito de falar, de criticar, se não se pode controlar? De que serve a liberdade de estar num café a dizer em alto e bom som que este Governo não vale nada. Estás a controlar a linha governativa? Não. Mas não te vês prescindir desse direito, pois não? E de exercê-lo também me cheira que não.

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Já achei mais piada à ideia dos Powertrails! A multiplicação do fenomeno está-me a deixar preocupado com a saturação de caches por m2. Primeiro festeja-se as 5000, depois festeja-se as 100 Earths, e quando se festejar os 100 Powertrailsde20cachescommicrosescondidasnomeiodomatosemassuntonenhum???? Naturalmente quem as faz até quer que se lhe agradeça e coiso e tal mesmo que as caches sejam literalmente largadas à pressão... mas isso é no canal ao lado.

 

Duvido que exista malta por exemplo de LX que venha de propósito a VN Famalicão para fazer a Ciclovia, que venha de propósito para fazer a rota de S.Bento... já a ecovia do Lima conheço vários que o tenham feito! Afinal há powertrails bons e que nem precisam de agradecimento.

 

"Não gostas não faças!"

 

Eu só sei se gosto se lá for. Posso ter a indicação, a recomendação, mas o que para uns é um nojo, para mim pode ser uma boa surpresa... já aconteceu no passado. Porém uma mão cheia de caches más pode dar origem a uma mão cheia de bom geocaching quando feito em boa companhia. Eu não vou por ai... sozinho eu não faço um décimo das caches que vejo sair, nem que seja a pouco mais de 400m de casa como acontece hoje. Acompanhado faço TODAS!

 

Powertrails no Gerês, hoje, com as caches que existem já é possivel. Perdeu toda a mistica de antigamente ir ao Geres... Muito porque cada um que lá vai fazer uma cache a meio do caminho acha que fica bem uma ali e pimba... sai uma cache a menos de 1km de outra! Tem o reverso da medalha: é possivel enganar 10 camelos e fazer percurso de 30kms e com divertimento à grande.

 

Também apareceu um na serra da Estrela que tenho alguma curiosidade. Este que apareceu hoje não me desperta curiosidade, e como é longe para burro, só quando não tiver mesmo mais nada que fazer é que lá vou... a menos que comece a ler maravilhas dele o que, sinceramente, não acredito, independentemente do respeito que o owner me merece.

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Não vás. Ninguém te obriga.

 

Isso é um chavão muito apreciado, mas que é rapidamente desmontado. Vamos a umas analogias? Podiam ter deixado o Casal Ventoso como estava, ninguém era obrigado a lá ir. Restaurantes com fumo, claro, ai então é limpinho... ninguém é obrigado a lá ir. E por ai em diante... não ser obrigado a ir a um local ou fazer algo, não tem qualquer fundamento para dissuadir a denúncia de situações negativas. Nunca teve, foi preciso começar a haver fóruns de Geocaching para se levar com esta boca volta não volta. Na realidade, ao fim de cada dia, essas pessoas que se saem com esta boca, emitiram umas dezenas ou mesmo centenas de juizos de valor - sobre tudo e mais alguma coisa - que poderiam bem ser aviados com a mesma receita.

 

Mas isto é apenas a primeira fase da desmontagem. A seguir, há o factor tentação. Que levante primeiro o dedo quem não cede a uma tentação de fazer algo que sabe em consciência não ser correcto ou estar contra os seus principios, vá, pelo menos uma vez por mês. Eu faço caches que sei à partida que são uma bosta. E faço power trails. Porque gosto dos números, gosto de um toque de competição, de fazer muitas, de bater recordes. E gosto de tudo isto em paralelo com um Geoocaching mais puro, pausado, apreciado. É como na alimentação... há espaço para uns dias sempre a abrir e outros gota a gota. Mas quando faço um power trail, para ser sincero, as 30 caches que logo ao fim do dia até me dão azia. Foi a ganância do número, até porque com aquele toque competitivo não se podem desperdiçar oportunidades destas... mas seria bem melhor se não existissem, para ninguém. É uma espécie de corrida aos armamentos nucleares, como se verificou nas décadas de 50, 60, 70 do século passado. Só se faz porque estão lá e outros fazem.

 

Em terceiro lugar, há os grandes traços estratégicos. O facto de eu ter a opção de não fazer esta ou aquela cache, este ou aquele power trail, não significa que, em última instância, a multiplicação de caches de treta e de power trails não esteja a matar o Geocaching, e que a médio ou longo prazo, a sua criação me venha a penalizar directamente.

Tu esqueces-te de uma coisa: tanto o casal ventoso como restaurantes com fumo têm efeitos negativos. Actualmente são contra a Lei e nem são socialmente aceites (tirando para os fumadores).

A pluralidade no geocaching não faz mal a ninguém. Se não resistes à tentação e não gostas, então terás que aprender a ter um maior auto-controlo. Aprender a escolher.

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Duvido que exista malta por exemplo de LX que venha de propósito a VN Famalicão para fazer a Ciclovia, que venha de propósito para fazer a rota de S.Bento...

Eu não fui de propósito de Lisboa fazer a rota de S. Bento, mas como passei perto fiz uma boa parte do percurso e gostei bastante. Creio que visitei 10 das 15 caches e obviamente nem todas me encheram as medidas. Talvez até dois terços caiam mais para o lado dos números que propriamente para o lado do memorável, mas o balanço final guardo-o como uma boa jornada de Geocaching.

 

Tanto o Powertrail de VN1000Fontes como o da Fonte da Telha, também estão no lote restrito dos excelentes momentos que o Geocaching já me proporcionou. Obviamente que a companhia também contribuíu de sobremaneira para esse facto.

 

O Powertrail da Quinta do Perú, apesar de ser 99,5% número e 0,5% de satisfação também foi interessante pelo desafio de tentar fazer o percurso no tempo mais curto possível e de tentar avistar as caches a partir do jipe. Não dei por muito mal entregue o meu tempo :P .

 

Admito que a quantidade de powertrails a despontar como cogumelos faz desvanecer um pouco a exclusividade dos Powertrails pioneiros.

 

O mesmo se aplica à quantidade de caches isoladas que aparecem um pouco por todo o lado... mas pessoalmente prefiro o excesso de caches que não ter cache nenhuma por encontrar :D

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Tu esqueces-te de uma coisa: tanto o casal ventoso como restaurantes com fumo têm efeitos negativos. Actualmente são contra a Lei e nem são socialmente aceites (tirando para os fumadores).

A pluralidade no geocaching não faz mal a ninguém. Se não resistes à tentação e não gostas, então terás que aprender a ter um maior auto-controlo. Aprender a escolher.

 

Primeiro, escrevi bastante mais que isso, e se preferires arranjo umas dúzias de analogias de coisas que não fazem mal à saúde (não digo "efeitos negativos" porque isso os power trails também têm) e não são ilegais.

 

Bem... primeiro escrevi mais do que isso, e, segundo, escrevi bem mais do que isso. Desmontei o chavão inócuo do "não queres não vás / só fazes se quiseres" e chega-me.

Edited by Torgut
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Podes fazer as analogias e teorias da tentação que quiseres.

O geocaching regula-se por um conjunto de regras restritas e pelo princípio da liberdade. É isso que importa.

 

Liberdade, e não à maneira de meia dúzia de indivíduos.

Edited by Malok0
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Podes fazer as analogias e teorias da tentação que quiseres.

O geocaching regula-se por um conjunto de regras restritas e pelo princípio da liberdade. É isso que importa.

 

Liberdade, e não à maneira de meia dúzia de indivíduos.

 

A administração da Groundspeak creio que não chega a meia dúzia de indíviduos. A liberdade que sonhas ter é, quanto mais não seja, decretada por eles. E esses nem perdem tempo a tentar explicar-te as coisas.

 

De resto, a defesa dos teus pontos de vista e ideias é empolgante, de tão completa e indiscutível que é. Fiquei rendido aos encantos dos power trail e das caches mandadas para um buraco numa praçeta da Damaia. E percebi também a amplitude da atitude fascizante disfarçada de liberalismo. Em suma: come e não bufa, se não gostas põe de lado e não há mais conversas. É esta, por outras palavras a mensagem do "se não queres, não faças aquela cache ou aquele power trail". Ao bom estilo Salazarista. Espantoso como a palavra "liberdade" pode ser subvertida. Liberdade para mal fazer. Inexistência de liberdade para se contestar, debater, discutir, apurar valores. Melhor não faria a casta dominante do Antigo Regime. Venham os Ballet Rose, que certamente só será envolvido quem quiser, estritamente falando. Apontar o dedo? Para os que atrevem temos cá Direcção Geral de Segurança, cujos inspectores repetem com expressão austera: "só lá foi quem quis".

Edited by Torgut
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Torgut...

 

dá-me lá então o teu conceito de geocaching... é que de há um tempo para cá, aparecem montes de pessoas que são contra qualquer coisa... ou é do powertrail, ou das mistério, ou do gajo que faz o pino, ou do que veste de vermelho...

 

Pessoalmente sou contra a batota, nunca fiz, mas sei que faça... e então? Que façam... antes eles que eu. No dia em que entrar por aí mudo para outra actividade... é sinal que esta já não dá qualquer gozo.

 

Fora isto, acho que há caches para todos os gostos. Repito: eu gosto de enigmas, mas também faço outras e só ainda não fiz os dois powetrails que me dispus a fazer porque não tive oportunidade.

Fizeste o nosso powertrail... apesar de não veres nenhuma cache do carro, de facto está lá para números, mas também lá diz para dares um passeio... ora: fazes se queres :D

Se não quiseres vai de carro... quero lá saber eu disso!

 

Não gostas de micros? não faças!

 

Agora tem que haver movimentos anitiqualquercoisa?

 

Deixem o geocaching crescer e preocupem-se é em conter as listinhas de coordenadas finais e a destruição de cache por birrinhas... isso é que era de valor e a meu ver contribui mais para piorar o geocaching do que os powertrails.

 

Eduardo

 

PS: não é um ataque a ninguém, mas vejam lá se colocam um antivirus decente para não propagarem as ditas listas... é que nunca se sabe quem as recebe...

Edited by papaleguas
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dá-me lá então o teu conceito de geocaching... é que de há um tempo para cá, aparecem montes de pessoas que são contra qualquer coisa... ou é do powertrail, ou das mistério, ou do gajo que faz o pino, ou do que veste de vermelho...

 

Pedes coisas tramadas, porque com base em tal solicitação poderia escrever um livro, e mesmo limitando-me a um post, é coisa demorada de se fazer. Antes de mais um esclarecimento: o meu conceito de Geocaching é uma coisa, depois, há as coisas que - no meu conceito ou não, creio serem francamente contraprodutivas. São coisas diferentes. Um exemplo? As cachezinhas ecológicas, não têm cabimento no meu conceito de Geocaching, mas não me ouves arengar contra elas, porque não considero que tragam mal ao mundo do Geocaching.

 

De resto, sintetizando ao máximo, o meu conceito de Geocaching é o do próprio criador. Nada mais simples, em última instância. É questão de esconder uma caixa num local (não para que o Geocacher ande 1 hora às voltas para a encontrar mas para evitar que um passeante ocasional lhe deite as garras), publicar as coordenadas e esperar que o pessoal aceite o desafio de como lá chegar.

 

Agora, se quiseres que explique detalhadamente porque sou contra qualquer coisa que saibas que o sou, é pedires, mas com carinho, ou seja, uma a uma. Powertrails? Isso já deixei bem claro. Mas aqui vão mais umas linhas para esclarecer / sintetizar / relembrar:

 

1) Powertrails são a excelência do elemento contraprodutivo do sobrepovamento de caches.

 

2) Tirando alguns Perfeitos, os geocachers sentem um apelo fortissimo por cachar em número e cachar fácil. O sobrepovoamento de caches resulta na selecção perpétua das mesmas caches e das mesmas regiões para cachar. Resultado: as caches perdem individualidade, caem no poço da memória, banalizam-se. O acto de cachar perde em sabor, em intensidade de experiência. É todo um universo de perda, de negativização.

 

3) Assim, o Powertrail é o Paladino desta vaga negra. É um simbolismo. O que se resolvia com uma multi-cache, justissima, que fizesse jus à essência do conceito, deixa de poder respirar, porque é asfixiada por estas propostas tentadoras. O Perfeito (uso o termo no acepção cátara da palavra, daí o "P" maiúscula) resistirá, irá mesmo assim a uma multi-cache que só lhe conferirá um found, mas o mundo do Geocaching é cada vez menos feito de Perfeitos, e estes passaram a ter uma existência residual.

 

Beeeep! Já excedi o meu tempo para este post.

 

P.S. - ah! Afinal também és "anti" qualquer coisa! Deixa lá as listas de coordenadas finais em paz.

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Podes fazer as analogias e teorias da tentação que quiseres.

O geocaching regula-se por um conjunto de regras restritas e pelo princípio da liberdade. É isso que importa.

 

Liberdade, e não à maneira de meia dúzia de indivíduos.

 

A administração da Groundspeak creio que não chega a meia dúzia de indíviduos. A liberdade que sonhas ter é, quanto mais não seja, decretada por eles. E esses nem perdem tempo a tentar explicar-te as coisas.

 

De resto, a defesa dos teus pontos de vista e ideias é empolgante, de tão completa e indiscutível que é. Fiquei rendido aos encantos dos power trail e das caches mandadas para um buraco numa praçeta da Damaia. E percebi também a amplitude da atitude fascizante disfarçada de liberalismo. Em suma: come e não bufa, se não gostas põe de lado e não há mais conversas. É esta, por outras palavras a mensagem do "se não queres, não faças aquela cache ou aquele power trail". Ao bom estilo Salazarista. Espantoso como a palavra "liberdade" pode ser subvertida. Liberdade para mal fazer. Inexistência de liberdade para se contestar, debater, discutir, apurar valores. Melhor não faria a casta dominante do Antigo Regime. Venham os Ballet Rose, que certamente só será envolvido quem quiser, estritamente falando. Apontar o dedo? Para os que atrevem temos cá Direcção Geral de Segurança, cujos inspectores repetem com expressão austera: "só lá foi quem quis".

Não me alongo mais na explicação porque não queres aceitar isto http://pt.wikipedia.org/wiki/Livre-arb%C3%ADtrio

O que para ti é do teu agrado, para os demais não têm que o ser. Ninguém está a impor nada a ninguém. Ou melhor, impõe-se a vontade das massas. Se há founds, é porque alguém viu interesse nela. Nem que seja found +1. Se tirarmos os powertrails, devem haver mais de 4000 caches, só em Portugal, para procurares. Para além da vontade das massas e essa coisa de 'liberdade', existe sempre a velha máxima: se consegues fazer diferente e melhor, porque não publicas? Ninguém te coíbe de o fazeres.

A expressão costuma ter conotações objetivistas e subjetivistas. No primeiro caso indicam que a realização de uma ação por um agente não é completamente condicionada por fatores antecedentes. No segundo caso indicam a percepção que o agente tem que sua ação originou-se na sua vontade. Tal percepção é chamada algumas vezes de "experiência da liberdade".

É verdade, há liberdade para mal fazer. É aí que entra a tua palavra. No geocaching, há outra liberdade. Chama-se liberdade de expressão. Podes expressar a tua opinião de acordo com as regras. Opinar sobre uma cache.

Poderia também dar-te um link com as diferenças entre sistemas ditatoriais e democráticos. Mas tu já o sabes. Num regime ditatorial, não discutias. Comias e calavas. Não podias fazer diferente. Muito melhor escolher.

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