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Geocaching no estrangeiro - As estórias!


SUp3rFM & Cruella

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Sempre que agora se escolhe um destino, uma das coisas a ver são as caches no local. Esta ida a Londres foi essencialmente para ver e conhecer a cidade e celebrar o novo ano. Mas, voltando às caches, passámos os olhos pelo Google Earth e fomos esmagado pela quantidade de icons que saltam por toda a cidade. O segundo passo, foi tirar uma pocket query com 10km de raio a partir do nosso hotel. O resultado foi redondo: 300 caches activas e disponíveis. E agora? Como planear isto numa viagem de 6 dias? Que se lixe! Não há plano nenhum. Em cada paragem, em cada monumento, logo se liga o GPS e o PDA e toma-se a decisão de ir atrás delas. Assim foi (pelo menos, quase sempre).

 

Dado o grau de maturidade do Geocaching em Inglaterra, há alguns factos que nos saltaram à vista, tendo em conta a nossa curta experiência:

- Existem muitas virtuais colocadas em sítios chave da cidade (Algumas delas derivaram do desaparecimento de caches físicas há muitos anos colocadas);

- Uma população acima do que estamos habituados em locais amplos, como parques e jardins;

- Muitas multi-caches tendo por base sítios turísticos da cidade;

- A versatilidade dos containers adequados às localizações (Micros de 35mm, nanos e outros).

 

Para começar, assim que chegámos a Paddington Station tínhamos uma virtual para fazer, ainda com as malas na mão.

Parecia começar bem e dado que o nosso Hotel era bem perto de Hyde Park, tínhamos uma vista sobre 10 caches à mão de semear!

 

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Ainda nessa noite, depois de um passeio por Oxford Street foi hora de quase tropeçar em mais 2 micro-caches magnéticas, uma webcam cache e outra virtual, que se atravessaram no nosso caminho. Tudo em caminho. Mais uma vez, e tal como nos tinha acontecido noutros locais, as voltas dadas para fazer algumas caches levam-nos a sítios únicos, neste caso, o Soho.

 

Nos dias seguintes e ao passear pela cidade, quer a pé, quer através dos tours dos autocarros turísticos amealhámos mais umas caches físicas e virtuais que ficavam nas nossas rotas. De destacar, o fantástico Regent Park com algumas caches bem engraçadas, entre as quais, a nossa preferida: Cara's College Cache:

 

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Bem perto da cache...

 

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O container, com o pormenor de estar rotulado como se fosse um projecto de uma escola.

Será uma alternativa aos "tradicionais" rótulos que deixamos?

 

A par do TB Hotel, esta cache foi das maiores que encontrámos. Gostámos particularmente da ideia de rotular a cache como se fosse um projecto de estudantes (não é, confirmámos com o owner). Eventualmente, será esse, para além do esconderijo escolhido, um dos truques para a sua longevidade?

 

É ainda no Regent Park que está o TB Hotel londrino, uma Letterbox Hybrid cache. O nosso espanto não foi em encontrar tal caixote, mas sim em como é que algo daquele tamanho, escondido da forma como encontrámos, permanece no local durante tanto tempo... Ainda bem.

 

Para além destas duas excepções, quase tudo o que encontrámos está agarrado ao metal (não aos Black Sabbath!), mas de forma magnética. Ficam alguns exemplos:

 

Nano cache magnética (brilhante!)

 

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Tubo de análises (?)

 

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A tarefa mais difícil não é encontrar o container, mas sim retirar o logbook lá de dentro!

 

Caixa de pastilhas magnética

 

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Este tipo de container é usado por este owner em algumas caches. Curioso este "desenrascanço", não?

 

Em relação às virtuais, que abundam um pouco por toda a cidade, tivémos a oportunidade de fazer algumas que nos tinham indicado (obrigado MAntunes!), nomeadamente três caches da série Sherlock Holmes. As da série Jack The Ripper ficarão para uma próxima ida... Ainda em relação a este tipo de caches, existem várias virtuais que são na realidade multi-virtuais, sempre com o objectivo de dar a conhecer Londres e alguns dos seus recantos menos conhecidos.

 

Mas, nem tudo foi 100% de sucesso. Houve alguns Not Founds, uns naturalmente por azelhi... perdão! Por causa do GPS... E outras porque o container tinha efectivamente desaparecido do local. Os DNF foram logados nesta nossa bookmark list. De qualquer modo, e apesar de termos falhado estas sete caches, a visita aos seus locais foi sempre positiva!

 

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Em suma, foi uma excelente viagem. Gostámos de tudo, geocaching inclusive! Aconselhamos, naturalmente, uma visita à City para a conhecerem e encontrarem mais umas caches!

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Opá, tira lá a referência à City aí e transforma isto num lugar para a bazófia toda, para o pessoal mostrar os álbuns das viagens todos...

 

Bem, para a passagem de ano, escolhemos um destino e depois fomos ver se havia caches à volta. Ainda não estamos assim tão obcecados pelo geocaching (embora não haja unanimidade nesta afirmação). Roma.

 

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A pocket query para caches em Itália centradas em Roma dá qualquer coisa como 37 registos num raio de 50Km. “Dentro” da cidade de Roma são exactamente 15 caches. Duas estão inactivas há já alguns meses. Das 13, uma é virtual e uma é mistério que exige algum tempo. Restam 11. Erro número um: existem duas caches nas muralhas do Vaticano que estão registadas neste país e não como em Itália. Induz em erro, especialmente se tivermos em conta que estão do lado de fora dos muros. E que para entrar para dentro dos muros é preciso autorização especial e não sei quê.

 

Correndo o risco de ser embirrante, parece-me o geocaching em Itália um nadinha mais desorganizado que por aqui para estas bandas. Existe um site “oficial” (http://www.geocaching-italia.com/) com informação reduzida (estamos bem servidos, nós portugas), mas mesmo a participação italiana por aqui nos foruns é reduzida. Deve estar relacionado. Face ao que vi, resta o consolo que estamos muito bem. Temos uma comunidade activa e visível.

 

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O hotel ficava situado a 3Km a oeste de Roma. O que parece pouco, tendo em conta que existem transportes públicos, torna-se um pesadelo a partir do momento em que os respectivos funcionam mal, os horários estão mal documentados e/ou incorrectos. Sim, o Black Hotel (http://www.blackhotel.it/) é bom, fomos muito bem atendidos, mas é longe. Daí que parte do orçamento tenha sido dedicada aos táxis. Recomenda-se o tour no autocarro panorâmico 110 (stop and go) para ficar a conhecer melhor o posicionamento das principais atracções e depois um passe de três dias de metro+autocarro.

 

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Recomenda-se também levar calçado confortável, porque Roma tem 7 verdadeiras colinas, é preciso andar bem para se conseguir ter uma noção verdadeiramente boa do que é a cidade. Agora experimentem dizer isso a metade da equipa, que ficou com a bagagem perdida na Portela e que tinha consigo apenas um par de botas de salto alto.

 

Os primeiros dias, ainda de saltos altos, foram dedicados a conhecer as entranhas do Vaticano e as caches ali à volta. Primeira impressão: micros manhosas, containers vulgares, escondidas em buracos nos muros e tapadas com pedras suspeitas. Coordenadas mal tiradas e erros de precisão brutais (graças à altura dos ditos muros). Deste conjunto de três caches, apenas um ponto positivo: Uma série de caches (como as nossas “Linhas de Torres”) dedicadas ao tema da Via Francigena (o percurso de um arcebispo qualquer de Cantuária até ao Vaticano, mais informação em http://www.geocaching-italia.com/itinerari/francigena.zul?). Esta série de caches começa em Itália, passa pela Suiça, França e termina em Kent (Inglaterra). Um projecto interessante, sem dúvida.

 

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O próximo conjunto de caches ali por perto situa-se junto à zona histórica de Roma: Forum, Colosseum, Circus Maximus. São das caches mais visitadas de Itália e tem uma taxa de sucesso invulgarmente alta. Consistindo maioritariamente de caixas 35mm e mesmo sem truques especiais de camuflagem (se eles soubessem as avarias que se fazem por cá), são caches que se aguentam vários meses consecutivos com milhares de pessoas a passar nas suas barbas e sem actividades muggle de notar. Destas caches todas, falhámos a “large”, porque aparentemente fecha tudo – monumentos e parques - ao dia de ano novo, e esta estava no recinto do Forum romano.

 

Foi também nesta zona que:

a) fiz o mais embaraçoso erro de trajectória de sempre, induzido em erro pela descrição e pelas fotos spoiler da cache. Parecia um caloirozinho ao qual tinham acabado de meter um GPS na mão. O que vale é que a cara metade deu logo com ele.

:laughing: deixámos a nossa primeira geocoin (que por esta altura viaja a caminho da Áustria) num sítio espantoso com uma vista brutal sobre Roma (e que não vinha descrito em nenhum guia ou mapa – e que portanto não teríamos visitado se não fosse pela geocache)

c) fizémos o primeiro (e único) DNF em Roma, porque a cache tinha sido vandalizada. O owner ainda me tentou aliciar com um found válido se eu substituisse a cache, mas já era tarde demais. Depois tentou sacar nabos da púcara e saber pormenores do “Elevador de Sta. Justa” mas mandei-o ir dar uma volta.

 

A última cache de 2006, foi, simultaneamente, a mais imaginativa (jogava muito bem com a coordenada Z), a maiorzinha de todas (uma caixa de gelado de litro) e a que estava no sítio mais merecedor de um trash-out. Presumo que vivam alguns vagabundos debaixo daquela ponte. A geocache merecia um pouco mais de dignidade.

 

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No meio da confusão da passagem de ano, demos com um casal de Barcelona com os quais metemos conversa. Aos 50 e tal anos, com os filhos criados, dedicaram-se às viagens. Falam uma data de línguas. Conhecem meio mundo, vão de mochila às costas para a Índia, Perú e Líbia para se embrenharem melhor nos costumes locais e se tivessem um GPS, eram um casal de geocachers com um currículo de respeito. Quando crescer quero ser assim.

 

Conclusão: se estivéssemos lá mais uns dias, teria sido óptimo e com jeito teríamos alargado o círculo de buscas. Mas a prioridade foi desde o início conhecer a Roma mainstream, a Fontana de Trevi, a Capela Sistina, a Basílica de S. Pedro, ver o papa (na televisão, eheh), o Colosseum e conseguir absorver alguma da história que Roma transpira. Conselhos: levem uma muda de roupa na bagagem de mão e uns ténis confortáveis. E um GPS Sirf III, que dá jeito no meio das ruelas todas.

 

Mais relatos de viagens, há?

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As viagens ao estrangeiro fazem parte do quotidiano do Team Prodrive. A nossa vida profissional obriga-nos a viajar todos os anos, sensívelmente na mesma data, até vários destinos europeus onde se realizam feiras internacionais.

Em Janeiro viajamos desde há 17 anos para cá até Frankfurt, Valência e Paris. Em Maio raramente falhamos Milão, Como, Lugano e Istambul e Setembro calha-lhos invariavelmente Bruxelas. Para além destes destinos de negócios, aproveitamos geralmente o nosso mês de férias, normalmente Julho para... viajar! Os destinos têm variado consoante o estado de espírito, mas recordo com entusiasmo duas férias fantásticas: Uma road-trip de 17 dias pela Europa que começou em Lisboa e passou por Espanha, Andorra, França, Suiça, Lietchenstein, Austria, Alemanha, República Checa, Eslováquia, Hungria, Itália, e Mónaco (acho que não me esqueci de nenhum), totalizando 8.500 kilómetros numa Volkswagen Passat que se portou 5 estrelas, e outra há dois anos, de 10 dias pelos Estados Unidos e Canadá, verdadeiramente deslumbrante! B)

Para além destas viagens, há também na família a tradição de oferecer como prenda de aniversário uma viagem ao Huguinho num fim-de-semana prolongado, até ao destino que ele desejar. Até agora os seus destinos de eleição foram Londres, Paris, Roma, Bruxelas, Florença e em 2006: Barcelona (penso que a esta escolha não foi alheio, o facto de lá jogarem o Deco e o Ronaldinho Gaúcho, mas enfim, é a sua escolha, sem condicionantes... :laughing: ).

Esta foi também a primeira viagem ao estrangeiro em que associámos o Geocaching de forma deliberada e intencional. Pegámos no roteiro dos pontos a visitar e sobrepusémos-lhe o mapa das caches.

 

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Dentro dos limites da cidade e junto aos locais que nos propusémos visitar, seleccionámos cerca de 20 caches. Optámos por escolher caches de grau de dificuldade e terreno bastante reduzido. Tudo abaixo de 3,5 e nada de multi-caches, enigmas ou grandes escaladas que nos pudéssem tomar muito do nosso tempo, porque afinal, tínhamos apenas 3 dias na cidade.

Assim foi, cada dia era planeado tendo em conta os sítios a visitar, monumentos, museus, parques, jardins, estádios, sempre com um olho no burro e outro no cigano, que é como quem diz, espreitando no GPS, quais as caches mais próximas.

 

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A primeira diferença que encontrámos e que chegámos a debater no forum Geocaching@PT no artigo Caches INOP em Lisboa, é que num raio de 50 milhas do hotel onde ficámos instalados, dum total de 142 caches existentes, apenas 3 se encontravam inoperacionais, ao contrário da realidade de Lisboa, onde num raio de 13 milhas do centro, existiam 148 caches, 33 delas temporariamente indisponíveis.

 

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Retirando este choque inicial as caches de Barcelona acabaram por se revelar todas muito convencionais em termos de containers, invariavelmente canisters de rolo fotográfico (as micros) e tupperwares da loja dos 300 (praticamente as restantes). Quanto a localizações, como concordou o Garri, acabam todas no cume de qualquer coisa. Não há meio termo, se é para subir, há que fazê-lo até ao topo, não interessa nem como nem quando :P .

 

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Deu para ter saudades das engenhocas magnéticas do Bargão Henriques, Rifkindsss ou Rebordão, das caches muitíssimo bem planeadas do Sup3rFM & Cruella, dos enigmas do Almeidara, dos locais inóspitos do GlorfindelPT & Elektra, dos devaneios do Portelada ou dos sítios paradisiacos que os 2 Cotas descobrem (acho mesmo que os inventam).

Obviamente que nos reportamos apenas às caches mais básicas. Acredito que se nos começássemos a envolver nas multis e nos enigmas, seguramente começaríamos a descobrir aliciantes desafios e interessantes estratagemas de dissimulação. Pelo menos é essa a nossa convicção.

No total fezémos 13 founds e apenas um DNF nas Fonts de Racó :huh: .

A mais divertida e engenhosa é a Rambles de Barcelona, do nosso conhecido Garri, mesmo no meio das Ramblas, a zona mais muggloconcorrida de toda a cidade. Há que logar no meio da multidão sem levantar suspeitas, o que é um desafio de cortar a respiração. O puto Hugo tratou da missão, de forma exemplar enquanto finjíamos observar pássaros e árvores. Daaaaaah :blink: .

 

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Tentámos fazer todos os logs em Catalão, o que vos garanto não é fácil. É muitíssimo mais fácil compreender do que escrever, mas enfim, fizémos o nosso melhor :P ...

Como ponto alto tivémos dois encontros imediatos de 1º grau. O primeiro com o Garri, o aprovador das caches para Espanha, Portugal, Chile e Brasil, que nos acompanhou em duas buscas. Estivémos um par de horas com ele, o que deu para constatar, que é uma pessoa muito simpática e hospitaleira :) .

 

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O segundo encontro imediato foi com a equipa de futebol do FC Barcelona à saída do estádio de Nou Camp. O Hugo cumpriu o objectivo de ver ao vivo, alguns dos seus ídolos como o Ronaldinho Gaúcho, o Deco, o Samuel Eto’o, o Victor Valdez, entre outros. Foi tipo found numa cache virtual itinerante :D !

 

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Foi sem dúvida um excelente fim-de-semana de Geo-turismo em que juntámos o prazer de uma visita a Barcelona, com uma divertida jornada de Geocaching.

O destino para o fim-de-semana de aniversário de 2007 já está escolhido pelo Hugo: Athenas. Sei que o Almeidara já por lá andou, por isso vamos-lhe pedir uns conselhos :huh: .

Edited by SUp3rFM
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Devido a uma deslocação profissional, fui até ao estrangeiro pela primeira vez desde que aderi ao geocaching (bom, já tinha encontrado a cache no Rio Caldo por cima do Gerês, logo a seguir à Portela do Homem mas foi de propósito e por isso não conta B) )

 

"Um Tuga em Munique"

 

Esta viagem, em termos de geocaching, foi gratificante pela aventura e desilusão por causa do pouco tempo disponível, ainda por cima "roubado" pela tempestade Kiryll que assolou o Norte da Europa no dia 18: das 5 caches que tinha referenciado, só procurei uma.

 

Assim que soube, comecei a preparar possíveis visitas a caches perto da empresa (www.axxom.com) e do Hotel onde iria ficar. Escolhi várias caches mas cedo foquei a minha atenção na geocache que ficava numa pequena floresta a cerca de 15 kms do Hotel. Despertou-me a atenção porque estava num local remoto, embora relativamente perto, porque tinha descrição em inglês, porque era regular e, embora fosse multi, parecia relativamente simples de resolver. A cache escolhida foi a Mann im Baum. Também pensei num cache mistério baseada na codificação de barras, code 39, interleave 3of9, mas não consegui arranjar um leitor de código de barras que lê-se o código impresso em papel...

 

Apesar da dificulade em arranjar hotel por causa de uma Feira de Engenharia Civil, em Munique, que nos fez procurar um hotel mais longe do escritório da Axxom, mantive a minha escolha preferencial e comecei a divulgar a minha deslocação com o objectivo de dar a conhecer que poderia transportar alguns trackables (TBs/Geocoins) de Portugal para a Alemanha.

 

Adicionalmente, comecei a preparar as deslocações entre o Hotel e o escritório e entre o Hotel e algumas caches que referenciei. Imprimi os percursos do Google Maps e criei bookmark listings e pocket queries para o efeito. Refiro só que, num raio de 30 kms do Hotel, havia mais de 500 caches.

 

Também enviei um mail ao owner da cache “prioritária”, o "Geomane" para saber se a cache seria desaconselhada durante a noite - após as 18h00 é noite e não queria entrar em situações complicadas na Alemanha. Ele foi bastante simpatico em responder-me dizendo que o local não é perigoso porque não hà lá animais que possam causar dano e que só necessitava de uma lanterna de media capacidade e que até me poderia acompanhar. Purista como sou, agradeci-lhe e respondi que não precisava da ajuda e que a minha preocupação não era com a fauna natural mas com a outra "fauna"…

 

Assim, no dia do evento "Wacky Races" desloquei-me à cache G-Spot e, para minha surpresa, ainda lá estava a geocoin listada e que cujo destino era o Japão. Depois, de tarde, no evento, os Rifkinds engtregaram-me dois TBs que se destinavam a Holanda e á Hungria; o Rubik e o The Iceman's Truck.

 

Feita a "colheita" e chegado o dia da viagem lá fui eu, pela primeira vez na minha vida, até à Alemanha.

 

A viagem de avião correu bem, embora com um pequeno atraso na partida.

 

Notei a passagem pelo Norte de Espanha, Lyon e Geneve mas fiquei surpreendido quando nos mandaram apertar o cinto porque estávamos a aproximar-nos de Munique. Já?

 

Chegados a Munique (fui com uma colega de trabalho que é a responsável pelo Planeamento da Fábrica) dirigimo-nos ao Hotel para fazer o check-in e deixar as malas e, enquanto ela saíu disparada para a Marien Platz, no centro de Munique, para ouvir um concerto de carrilhões e ver a Leo Parade (equivalente à nossa Cow Parade), eu fiquei a desfazer a minha mala e a preparar-me para ir procurar a cache referida acima.

 

Depois fui pedir um taxi na recepção e quando ele chegou, mostrei o percurso do Google Earth para tentar explicar onde queria ir e o motorista fico admirado com a informação detalhada e com o evoluir da tecnologia que me permitiu, em Lisboa, preparar um percurso a fazer em Munich.

 

Chegado à zona perto da floresta onde estava a cache, parecida com a Matinha de Queluz mas mais extensa, coloquei-me na orla da mesma à espera do sinal de GPS. Eu já sabia que ia demorar porque tinha desligado o GPSr pela última vez em Lisboa e não podia dizer-lhe que estava em Munique, Alemanha como se pode fazer nos receptores de mão. Por isso, foi uma espera stressante por causa da dúvida que comecei a ter em conseguir ter sinal. Estava também preocupado porque tinha levado TBs e uma geocoin e “tinha” mesmo que os deixar na Alemanha. Ao fim de quase meia hora, já sem saber como disfarçar a minha presença – estava numa zona industrial, perto de um parque de estacionamento, na orla de uma floresta e teria dificuldade em explicar a minha presença ali – lá começou a vir o sinal com alguma hesitação inicial. Assim, que o GPSr me disse, “íííiii páaaaaa! tamos bué da longe do local onde adormeci!”, lá entrei na floresta já com a luz do dia a começar a faltar.

 

Esta floresta confirmou em aspecto as impressões sobre a famosa “floresta negra” na Alemanha e que é referida em filmes e livros de ficção; densa, escura, misteriosa… mas também atravessada aqui e ali por trilhos de terra batida usados para jogging, passeios de bicicleta e para passear o cão – cruzei-me com algumas, poucas, pessoas que, mesmo ao lusco-fusco, davam este tipo de usos à floresta.

 

Cerca de 1km após ter entrado nela, lá cheguei ao local das coordenadas publicadas. Era um cruzamento de vários caminhos de terra batida onde estava uma estranha capela de madeira construída dem volta do tronco de uma árvore. Tinha velas, placas, datas… um local de culto religioso. E, o mais estranho, uma pequenina estátua metálica de Cristo crucificado emergindo de dentro do tronco da árvore. Como se fosse um ramo a nascer. Soube, dias mais tarde, através de um mail do owner, a história desta estátua:

 

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Hi Manuel,

 

I'm glad you found the "Mann im Baum", congratulations :-)

As you don't understand german, I give you some information about the reason of the "man in the tree":

In 1945, right after World War II, someone hang a wooden cross with a metal corpus onto a spruce tree. After the years run by, the tree grew and embedded the metal corpus more and more (while the wooden cross disappeared).

In a heavy storm in 1992 the spruce fell. The trunk with the embedded metal corpus remained. In 1994 the chapel was built around the trunk, for the memory of the people who died in the days after the war.

 

I hope you enjoyed the cache and your Munich trip.

 

Bye,

Edi aka Geomane

 

 

Muito interessante a história do local e um motivo para colocar uma cache naquele local específico da floresta, sem dúvida.

 

Quando me preparava para colher os dados para o cache final, recorrendo à luz da lanterna, apareceu-me de uma das estradas um cão de médio porte, preto e em atitude indecisa; ignorar-me ou atacar-me? Depois apareceu a senhora que o andava a passear e chamou-o, seguindo ambos o seu percurso…

 

Tiradas as fotos possíveis com a câmara do pda (sem flash) , obtidos os dados e feitos os cálculos, segui em direcção à cache onde cheguei ao fim de mais algumas centenas de metros. Encontrei a cache facilmente, afastada de um dos caminhos de modo a que fosse mesmo necessário embrenharmo-nos no mato, e loguei-a, deixando os trackables (que alívio! ehehe!) e tirando mais algumas fotos possíveis. Na cache deixei duas pequenas “vingançazinhas” que não reportei no log oficial; escrevi no logbook que escolhi aquela cache porque tinha descrição em inglês e embrulhei a cache num saco, preto, do lixo da CM Lisboa, para melhor proteger a cache visto que a caixa estava sem qualquer protecção. ;-)

 

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Depois comecei a regressar seguindo a track em sentido contrário, já sem qualquer luz natural, embrenhado numa escuridão total, com a lanterna pendurada no agasalho, em direcção à “civilização”. Quando cheguei à zona industrial, onde vi o maior stand de motos BMW da minha vida, comecei a procurar meio de arranjar um taxi para voltar.

 

Aqui é que foi um problema; a zona é mesmo apenas industrial e nada de residencial ou de grandes centros de negócios. Assim, nada de transportes públicos – autocarros – nem taxis. Dirigi-me a um pequeno posto de abastecimento e procurei por taxi. Não havia. Ficaram muito aflitos por não poderem ajudar-me. Ainda se fez uma pequena conferência entre o empregado da “bomba” e dois clientes mas confirmaram que não havia taxi a não ser que passasse por acaso. Ainda me perguntaram como fui ali parar e respondi-lhe que tinha ido de taxi e vinha “lá do fundo da rua” e que não esperava vir a ter dificuldades para arrnajar taxi para o regresso. Então, pedi-lhes um número de serviço de taxi para chamar um. Só precisava que eles usassem o meu telemóvel e chamassem o taxi, para o caso de o motorista não perceber inglês, porque eu tinha impresso o percurso de volta ao hotel. Também não tinham número de telefone para serviço de taxis…

 

Bem, iniciei o que me pareceu ser uma longa caminhada de regresso ao hotel a pé, tendo que atravessar duas autoestradas, um rio e uma linha férrea, sem mapas detalhados da zona o que pode ser um problema porque o GPS só me manda ir em frente e não propôe os melhores percursos para o fazer. Fui andando tentando manter-me nas ruas que me pareciam mais frequentadas ou com instalações comerciais/industriais maiores, na esperança de encontrar algum taxi de regresso de algum serviço.

 

Algum tempo depois, dei com um parque de estacionamento de uma superfície comercial de alguma dimensão, tipo AKI, e vi um taxi a entrar nesse parque. Chamei-o mas ele fez sinal que não aceitava serviços. Como ele parou no parque, segui-o e fui falar com o motorista que já saía da viatura. Expliquei-lhe que apenas precisava que ele chamasse um colega, usando o meu “mobile phone” uma vez que ele estava a acabar o seu tempo de serviço. Perguntou-me para onde queria ir e mostrei-lhe as chaves do hotel onde, na placa, estava a morada. Disse-me então; “Get in!” Ele tinha ali parado para ir comer algo ao snack-bar mas, como era uma zona relativamente próxima e não tinha que entrar na cidade, podia extender o seu horário de trabalho.

 

Foi muito fixe a atitude. Durante a viagem, reparei que ele tinha um sistema de navegação assistido por voz perguntei-lhe qual era; Tom Tom. Viemos o resto da viagem a falar de GPS, pda, etc, etc… até lhe mostrei o meu pda com o CoPilot. A certa altura disse-lhe que era português e fez uma grande festa. Até disse a palavra “Portugal” numa pronúncia correcta. Foi muito simpático este motorista de taxi. Tipo novo, com inglês correcto – melhor que o meu – e bastante evoluído tecnológicamente e com uma condução correcta. Só teve um gesto um pouco mais irónico quando lhe disse que Munique tinha sido uma desiluão para mim porque esperava algo mais “montanhoso” e com neve ou gelo e ele disse que Munique é toda plano e este Inverno está a ser um dos mais quentes das últimas décadas mas que Munique era muito “clean” – ok… nós, portugueses, merecemos esta observação porque somos mesmo uns cidadãos muito porcos que fazemos das ruas das nossas cidades os nossos caixotes de lixo. Engoli.

 

No dia seguinte, 18 de Janeiro, era o dia principal de trabalho que me levou a Munique, à sede da Axxom.

 

Não tinha grandes intenções quanto ao geocaching excepto, talvez uma micro-cache colocada num parque de estacionamento a 250m do escritório onde iria passar o dia – tinha até a “boa intenção” de fazer um log simpático mas completamente em português porque a cache só está em alemão – mas o trabalho absorveu-me completamente e até almoçámos na sala de reuniões – devo dizer que comi umas sandwiches de salmão muito boas -. Não houve geocaching neste dia.

 

Houve sim …a tempestade Kiryl! A meio da tarde, quando já se tinha revisto toda a matéria e tomado todas as decisões – só faltava vê-las implementadas no dia seginte, sexta – e até já pensávamos ir jantar ao centro da cidade, na Marien Platz a um restaurante de comida genuína bávara, veio a notíca de alerta geral e que todas as grandes companhias estavam a mandar os colaboradores para casa e os serviços públicos iam fechar. tivemos que acabar o nosso dia de trabalho pelas 16h00 e irmo-nos enfiar no Hotel

 

A príncipio custou-me a acreditar – olhando pela janela não se percebia motivo de tanto alarme – e até pensámos que era excesso de zelo da parte dos nosso interlocutores alemães. Mas depois a noite e as notícias confirmaram que passou por ali uma tempestade que matou 10 pessoas só em Munique. Eu, mesmo no Hotel, nunca encarei aquilo como mais que uma ventania forte na zona e o “vizinho” da frente do meu quarto também não parecia muito preocupado; com os ventos na sua maior fúria; andava pendurado na varanda a compôr a antena de televisão…

 

Aproveitei a “reclusão forçada no quarto” para fazer o relatório sobre o dia de trabalho. Ainda pensei em sair e visitar uma cache que estava a cerca de 2kms, a pé, do Hotel mas lembrei-me que podia levar com alguma “publicidade agressiva” na cabeça… E afinal, além de ser noite, estava frio, vento, alguns pingos… Que se “licsse”. Já tinha cumprido o meu objectivo de geocaching na Alemanha e o geocaching, para mim, deve ser prazer e não sacrifício.

 

Fui jantar com a minha colega ao restaurante do Hotel; Comi um Bife Tártaro grelhado e acompanhado com uma das melhores e mais diversificadas saladas que já comi – até tinha lá uma erva qualquer que só se encontra na Europa do Norte, disse a minha colega – e também bem regada com duas “weiss beer” de meio litro… Quero mais projectos como este. B)

 

Durante o jantar falei de geocaching à minha colega e mostrei-lhe uma stashnote e o artigo na revista Público, a quem dei uma das entrevistas, e até lhe mostrei uma microcache que tinha no bolso, propositadamente para esta explicação. Ficou surpresa com a minha “vida secreta”. Falei-lhe da cache perto do escritório e numa um pouco mais longe, a 400m, já no Botanische Garten. Iríamos tentar encontrar estas duas no dia seguinte, após terminarem os trabalhos, se pudesse ser.

 

No dia seguinte, após o pequeno almoço no Hotel e tendo pago a conta, pedi taxi para nos levar ao escritório da Axxom e, surpresa, apareceu-me outra vez o taxista que me tinha levado até à floresta da “Mann im Baum”. Parecia que já nos conhecíamos de longa data e até os outros clientes pareceram surpresos por verem um conversa tão animada entre um cliente e um taxista. ;-)

 

Em termos de geocaching para este dia, os objectivos seriam talvez a tal microcache do parque de estacionamento a 250m e a cache regular que estava no Jardim Botânico de Munique, a cerca de 400m. Mas, o trabalho arrastou-se até muito em cima do hora do almoço e os colegas alemães fizeram questão de nos levar a almoçar fora porque não tinha sido possível jantarmos juntos no dia anterior. Lá se fez o sacrifício de ir almoçar a um restaurante tipicamente alemão, o “Jagdschloss”, onde comi o “bambi” (Hirschbraten mit Rotkraut, Preiselbeeren und Spaetzle = Deer with red cobbage, berries and pasta), desta vez apenas acompanhado por meio litro de weiss beer.

 

Depois, do almoço voltámos ao escritório onde fizémos uma revisão do trabalho deste dia e meio e ficámos de ver o resultado na semana seguinte porque era impossível os técnicos da Axxom aplicarem as alterações antes disso.

 

Depois, e como havia notícia de alguns voos desviados de Munique, fomos mais cedo para o aeroporto onde tive tempo de sobra para comprar um verdadeiro relógio de cuco para dar à Mila. :-)

 

Em termos gerais, Munique e os alemães foram uma surpresa para mim; Munique, plana, sem frio, nem gelo ou neve (mas, uma semana mais tarde, recebi uma foto, tirada de dentro do escritório, onde se via que falhei a neve por uma semana). Confirmei que é uma cidade limpa onde apenas notei algumas beatas no chão. Fiquei muito impressionado com o estado de prontidão para o uso de biciletas no dia-a-dia dos alemães; muitos parques de bicicletas juntos de edifícios de habitação, escritórios e espaços públicos.

 

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Também vi folhetos de aluguer de bicicletas e passeios tuísticos em bicicleta orientados por um guia que explicava os pontos por onde se passava.

 

Os alemães, pelo menos aqueles com quem conversei, mais simpáticos e afáveis do que “esperava”. Em termos de condução, nada de muito diferente do que nós somos; vi-os a desrespeitar os limites de velocidade, a abrandar perto dos radares e, pasme-se, a fazer mudanças de direcção proibidas para fugir ao trânsito – aconteceu com o taxista que nos levou da Axxom para o Hotel, na quinta-feira…

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Escocia 2004

A nossa primeira aventura em geocaching aconteceu na Escocia em Maio de 2004.

Na altura nao sabiamos ainda nada acerca de geocaching e tinhamos o GPS apenas ha poucas semanas. No entanto, lembrei-me de marcar um dado ponto numa montanha nas Highlands, tirar umas fotos e preparar uma pergunta a ser feita a um amigo meu. Em jeito de desafio para que ele fosse tambem àquele ponto um dia. Quando em Outubro do mesmo ano, me iniciei no geocaching, fiquei a saber que aquilo que eu tinha tentado fazer era uma cache virtual. Ainda a submeti, mas ja nao foi aprovada.

 

Esta era a vista a partir do local:

 

(IMAGEM A INSERIR)

 

Austria 2005

 

Em Maio de 2005, tivemos finalmente a oportunidade de nos estrear no geocaching alem-fronteiras na Austria. Fizemos 2 em Viena e mais 3 ao longo da viagem pelo país. A mais interessante talvez tenha sido esta nas margens do lado Woerthersee

 

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A Austria é um país fantastico, percorremos 2500 kms em 16 dias e nao nos esforçámos muito em materia de geocaching.

 

França 2005

 

Ainda em 2005, em Outubro, visitámos a magnifica regiao do Vale do Loire em França e tivemos a oportunidade de fazer algumas das minhas caches favoritas ate à data. Toda a regiao é belissima e as caches nao destoam :P . Localizam-se varias caches em zonas de floresta e foram as nossas predilectas. Fizemos 6 numa semana.

 

As minhas preferidas foram esta:

 

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e esta:

 

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Numa das caches francesas tive a estranha experiencia de encontrar um medicamento para HIV/Hepatite B. Alertei o autor, que se deslocou la, mas afirmou nada ter encontrado. Estranho... :unsure:

 

Suiça 2006

 

Em 2006 rumámos, durante 2 semanas, ate à Suiça e ao sul de França. Na Suiça fizemos a nossa 1ª earthcache la fora:

 

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E fizemos uma das caches mais curiosas que ja fizemos, onde é suposto no local das coordenadas gritar alto "GEOCACHINGGGGG!". O problema é que o local é a catedral em Berna e nao era para gritar ca em baixo na entrada :D , mas sim no topo de uma escadaria que conduz ate ao alto da torre. Quando percebi o erro e subimos uma escada, ja nao gritei mas perguntei humildemente ao guarda da torre se sabia o que era geocaching, ao que ele sorriu e me disse para aguardar um pouco. De seguida, entregou-me em maos a cache. :o

 

Na Suiça fizemos um total de 6 caches e deixámos por fazer, a maioria das que tinhamos planeado. Fiquei com a ideia de que os suiços adoram o seu país e as suas paisagens e procuram intensamente o passeio ao ar livre. Têm caches com ideias encantadoras e espero la voltar para as fazer (uma que me chamou à atencao é uma que pede às pessoas para plantarem uma qualquer especie de flor de modo a criar um jardim no local. Dos logs que li, muitos ja o fizeram :D )

 

Finalmente, saindo da Suiça rumámos ao Sul de França onde apenas fizemos mais uma, em Avignon, sob um calor torrido :blink:

 

Como é meu apanagio, o Geocaching complementa os passeios/viagens que fazemos

FGV

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E fizemos uma das caches mais curiosas que ja fizemos, onde é suposto no local das coordenadas gritar alto "GEOCACHINGGGGG!". O problema é que o local é a catedral em Berna e nao era para gritar ca em baixo na entrada ...

 

Eheheheheh! Ainda dei umas valentes gargalhadas ao ler esse log. ;):huh::o Excelente!

Nós envolvemo-nos no Geocaching a sério apenas em 2006 apesar de conhecermos o conceito desde 2002. Falhamos algumas viagens ao estrangeiro que podiamos ter aproveitado para fazer umas caches :P , mas.... é a vida.

Em Maio de 2006 viajamos até á Suiça e levei algumas caches agendadas para tentar fazer. Em Zurich ainda procurei umas duas caches na baixa, mas, sem grande sucesso. Na altura eramos maçaricos na coisa e tinhamos apenas umas trinta e poucas caches encontradas (o que não quer dizer que hoje estejamos melhor ;) lolol). Na altura tentei tb encontrar a cache Suiss Airport que é o TB Hotel do Aeroporto de Zurich mas, o raio da cache está numa zona de denso arvoredo e ainda por cima enterrada. Com um sinal errático que ora me mandava para norte como para sul e sem a foto spoiler comigo fui obrigado a desistir.

Uma situação caricata aconteceu numa area de serviço na AE de Zurich para Basileia onde paramos. Na altura tinha sacado um ficheiro com as caches da suiça para o TomTom mas apenas tinha escolhido algumas para tentar e só tinha as coordenadas dessas. Ora nessa area de serviço o TomTom indicava uma cache a poucos metros, mas, não tinha as coordenadas por isso não consegui sequer procurá-la :P . Na altura ainda não conhecia o GeoScout :P . Reparei que lá eles tem imensas caches nas areas de serviço das AE. É para a malta não ficar demasiado enjoada de conduzir :D .

Por causa dos nossos objectivos e ao facto de muitas caches se localizarem fora das localidades, em alguns locais não tivemos oportunidade de procurar sequer.

Em Berna fizemos a celebre cache "Bärner Müntschi" referida pelo FGV, mas, já iamos com uma ideia de onde ela estaria por isso fomos lá directos sem passar na casa da partida e sem gritar geocaching na catedral lololo (devo dizer que levar um minigeocacher com 3 anos e meio por aquelas escadas em caracol acima é complicado. E descer....). Ao chegar lá cima perguntamos disfarçadamente ao guarda se ele sabia o que era o geocaching, e percebemos imediatamente que sim pelo seu sorriso. Tb tivemos que aguardar um bocado e a cache foi-nos entregue em mãos. É daquelas caches mesmo fixes. A vista é espectacular, o guarda é simpático e o conceito foi completamente novo.

Em conversa com o guarda percebemos que a cache não é dele mas sim de um amigo.

 

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Vista

 

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Vista

 

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Nós os Gajos

 

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A nossa miuda (ela não parece muito convencida. Deve ser da altura.

 

Mais tarde, em Lausanne resolvemos procurar a "GEO FRANCIGENA #12# LOSANNA " que encontramos facilmente. Está situada numas ruinas romanas á beira do Lago Leman (ou Geneve se preferirem), num local bastante aprazivel e merece uma visita.

 

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As Ruinas

 

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O Minigeocacher e os TB´s

 

No regresso, já em Zurich ainda tivemos tempo de resgatar o TB Kinas do MAntunes que tinha sido raptado. Tinhamo-nos apercebido que ele estava perto de Zurich por isso enviamos um mail aos geocachers que o tinham. Eles já o tinham colocado numa cache e estavam nos EUA, mas prontificaram-se a arranjar maneira de ir buscá-lo e a deixá-lo no Starbucks do Aeroporto á guarda de um Português amigo deles. Como brinde ainda trouxe mais 2 TB´s para Portugal. Foi uma experiencia interessante.

 

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Kinas in Plane

 

E pronto. Acho que no futuro o geocaching vai complementar as nossas viagens se houver oportunidade (e se a patroa deixar :bad: )

Edited by manchanegra
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Depois de saltar o capítulo "Barcelona" passado no verão de 2007, prontos. Lá fomos passar uns dias a Paris. Com a promessa de arrastar mais meia dúzia de geocachers e de fazer uma passagem de ano toda cheia de glamour e o camandro, ei-los a caminho da cidade luz e não sei quê.

 

Geocaching em Paris, como é que é?

 

A pocket query para Paris mostra cerca de 70 caches nos 10Km circundantes da Torre Eiffel (centro das operações). Comparado com Lisboa, é coisa de meninos. Há que dizer que há caches para todos os gostos. Virtuais com fartura. Multis para contar gaitinhas daquelas chatas ao pontapé (excepto quando há nevoeiro). Caches mistério com cenas maradas que tem que ser feitas em casa. Micros manhosas colocadas em sítios manhosos. Caches "grandes" no "centro" da cidade (que volta e meia são muggled). Calculo que fora do grande centro exista espaço para tupperwares maiores. Não sei, não tive tempo para ver.

 

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Não vimos containers marados (a não ser um sinal que merecia qualquer coisa marada com um íman mas que afinal tinha a cache presa com fio de pesca e um alfinete de ama) e não aprendemos truques novos (caixas de rolo 35mm? caixas de minas 0.5? pfft). Nada de terrivelmente brilhante.

 

A diferença reside fundamentalmente aqui: http://www.geocaching-france.com/ - à semelhança do nosso projecto das stats, os francius tem um site "alternativo" e mostram a informação de formas, digamos, inovadoras. Se houve coisa que me deixou impressionado, terá sido este site. Vejam isto, por exemplo.

 

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Outra diferença digna de nota é o facto de uma grande maioria (se não a totalidade) das caches estarem presentes em francês e inglês (e em alguns casos em espanhol e alemão). Quando as coisas são assim, agrada-me.

 

De resto, o sistema de transportes parisiense é extremamente completo e permite ter estações de metro praticamente à porta de qualquer geocache escolhida. Só é pena é o metro encerrar a horas estranhas (meia noite, em alguns casos). Mas pode ser só diferença de cultura. Recomenda-se a compra de um bilhete combinado para 3 dias (ou mais) e a abusar do sistema de transportes. E não confiar nas distâncias. A frase "ah, é só um quarteirão, vamos a pé" significa muitas vezes 1 Km ou mais de alegre e refrescante marcha. Usem e abusem dos transportes. Boa "sortie".

 

(Vá, não confiem a vossa vida - ou o vosso vôo de regresso - aos transportes públicos, especialmente quando há greve. Pode ser que tenham que começar o ano a dormir no aeroporto com a creme de la creme da chunguisse que dorme em aeroportos franceses. É só glamour.

 

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Ah e tal. Foi também aqui que o team Sup3rFM & Cruella fez a cache #700 depois de uma visita nocturna à Torre Eiffel. Catita.

 

Como tínhamos levado uma porrada de trackables, as trocas ficaram praticamente reduzidas ao travel bug hotel lá do sítio. E que não é perto do aeroporto. É mesmo no centro da cidade, ao pé (2 quarteirões eheh) do Arco do Triunfo (os mais atentos à temática das Linhas de Torres perceberão porque é que não há lá nada a dizer "Lisboa" - tomem e embrulhem). Cá por Lisboa, o mais parecido que temos é um outdoor gigante da Triumph ali em Sacavém, bem visível da A1/Segunda Circular e que deve causar uns acidentes de vez em quando. B)

 

Os reflexos curiosos desta viagem começam agora a sentir-se. A moeda que normalmente deixamos em cada viagem foi parar à Eslováquia. Lembrámo-nos da Shalmai quando vimos o log da moeda. E não é que o mundo é mesmo pequeno?

 

Foi aqui também que graças às maravilhas da tecnologia acedemos a helpdesk a uns milhares de quilómetros de distância. Tenho que agradecer ao Manuel, ao Paulo e ao Miguel. Merci.

 

E se lá forem, recomenda-se que subam à Torre Eiffel, que vejam o Museu do Louvre e o Museu d'Orsay. A vida não é só caching. Há bonés também B)

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Uma das melhores semanas de Geocaching que tivémos, aconteceu na Grécia. Ao todo, uma jornada de 6 dias que nos proporcionou conhecer os recantos mais deliciosos deste surpreendente país.

 

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O nível de Geocaching aqui mostrou-se bastante evoluído e interessante. Todas as páginas de cache estão em inglês, uma imposição quase natural, uma vez que o site do Geocaching.com não aceita os caracteres gregos.

Se para a maior parte dos locais isso poderá ser um enorme handicap que se traduz numa reduzidíssima participação de Geocachers gregos, para os turistas resulta num verdadeiro paraíso, onde todas as caches são exequíveis e toda a informação das descrições é facilmente assimilável.

Em termos de coordenadas, a precisão quase milimétrica de praticamente todas as caches deixou-nos verdadeiramente boquiabertos.

 

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Teatro Herodes

 

Se o impacto inicial das descrições em inglês foi muito positivo, no terreno, as caches superaram as maiores expectativas, e o mais surpreendente foi num país cheio de ruínas de pedra, as caches serem quase todas magnéticas.

 

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Acropolis

 

Os dois primeiros dias foram passados na capital, Atenas. Inicialmente optámos por visitar os locais programados, com especial destaque para a incontornável Acrópole e tentar encontrar as caches que se nos atravessassem no caminho e na tarde que nos sobrou, fizemos o contrário: procurar as caches que queríamos e descobrir os locais que elas nos revelassem.

Tanto uma como outra estratégia obtiveram resultados muito satisfatórios, para não dizer excelentes.

 

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Andrianos Gate

 

Sendo as caches urbanas maioritariamente micros, encontrámos algumas Regular em zonas mais verdes que nos permitiram depositar alguns Travel Bugs que para lá queriam seguir viagem.

Da mesma forma, acabámos por trazer para Portugal cerca de 50 trackables, 36 deles Geocoins Gregas alusivas aos Jogos Olímpicos que tinham acabado de ser postas a circular e que faziam parte de uma corrida com destino aos Estados Unidos. Só numa cache estavam 16 dessas moedas :)

 

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Agia Foteini

 

Uma das caches que mais gostámos foi a de Arditos Hill (GC17RWE) que nos fornece um waypoint não turístico que permite o acesso ao interior do estádio onde se realizaram os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896, um privilégio único para turistas Geocachers :D .

 

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Arditos Hill

 

Ao terceiro dia deixámos Atenas e num carro alugado seguimos para o Paloponeso em direcção ao Canal Corintho. Uma obra magnífica com uma cache num ponto fantástico de observação que nunca descobriríamos se não fosse o Geocaching.

 

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Canal Corintho

 

(continua no próximo post)

Edited by prodrive
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(continuação do post anterior)

 

Depois seguimos para Olympia onde tivemos o privilégio de assistir aos preparativos para a cerimónia de partida da Tocha Olímpica rumo a Pequim. Mas mais estimulante que isso foi a passagem por uma lindíssima e pitoresca vila montanhosa de nome Lagadia, onde havia a única cache da região.

 

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Lagadia

 

A noite terminaria em Patras, uma bela cidade que nos reservaria 2 FTF's, em caches publicadas quatro meses e meio antes da nossa visita. Um capricho que em Portugal seria impensável... a não ser que mergulhássemos a 2300 metros de profundidade ao largo dos Açores...

 

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FTF Award

 

O dia seguinte, praticamente começaria a caminho de Delphi com um DNF na lindíssima cidade portuária de Nafpaktos, numa cache desaparecida, nunca mais reposta e entretanto arquivada.

O ponto alto da jornada seria mesmo a visita a Delphi.

 

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Delphi

 

A jornada não ficaria contudo concluída sem um furo à chegada à Lamia. Tudo pacífico não fosse o pneu sobresselente do carro de aluguer estar também furado :D . A partir daí uma verdadeira epopeia grega para resolver a situação. Ficámos pelo menos a saber que pneu sobresselente se diz em grego: "Elastika Reserva" :) .

 

O dia seguinte seria o ponto alto da nossa viagem à Grécia com a visita a Meteora, uma região que outrora foi habitada por monges eremitas que construíram os seus mosteiros em topos de penedos. Diria que é uma das 7 maravilhas do Mundo, e um paraíso para os amantes da fotografia.

 

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Meteora

 

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Meteora

 

Nos últimos dias da nossa estadia aproveitámos para explorar um pouco mais da zona costeira e da sua gastronomia desde Pireu até à magnifica ponta de Sunio onde se encontra o Templo de Poseidon.

 

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Zona costeira

 

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Sunio (Templo de Poseidon)

 

Indiscutivelmente uma das melhores semanas de Geocaching, num dos destinos europeus mais surpreendentes que já visitámos. Recomendado!!

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